ABSURDO NA SAÚDE NO AMAZONAS: Susam vai investigar uso de garrafas PET no lugar de máscaras de oxigênio

1 de fevereiro de 2016 11:21

nasceram-prematuros-madrugada-quinta-feira-Jutai_ACRIMA20160131_0009_23A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SUSAM) informou que vai investigar o uso de garrafas PET no lugar de máscaras de oxigênio em dois bebês recém-nascidos no Hospital de Jutaí interior do Amazonas. O caso ocorreu na semana passada. Um das crianças morreu.

Em nota, a secretaria disse que não foi acionada pela unidade de saúde para receber as orientações necessárias nem houve solicitação de serviço de remoção aérea.

O órgão entrou em contato com a direção do hospital neste fim de semana e recebeu a informação de que o casal de gêmeos nasceu prematuro, com 7 meses, e que a menina tinha um quadro pulmonar mais debilitado.

A direção do hospital de Jutaí declarou que “a falta da máscara de venturi – que não estava disponível na unidade e que foi substituída pelo material improvisado de garrafa PET – não teria contribuído para o óbito do bebê”.

O menino, que foi submetido aos mesmos procedimentos da irmã, já recebeu alta.

Uma equipe da Secretaria-Adjunta de Atenção Especializada do Interior vai à cidade nesta segunda-feira (1º) para investigar o caso e adotar as medidas cabíveis.

Entenda o caso

Imagens que circularam  nas redes sociais, inclusive em sites de notícias do Amazonas neste final de semana mostram dois gêmeos recém-nascidos na Unidade Hospitalar do município de Jutaí-AM usando uma espécie de incubadora improvisada e máscara de oxigênio neonatal feitos a partir de uma mesma garrafa PET – com a parte de cima servindo para um bebê e a parte de baixo para outro. Testemunhas relataram que no local não há equipamentos do gênero e muito menos Unidade de Terapia Intensiva de Neonatal.

O casal de gêmeos que aparecem nas imagens é sobrinho da autônoma Rayssa Neres de Pinho, 19. De acordo com ela, a irmã, a dona de casa Francisca Neres de Pinho, de 20 anos, deu à luz os filhos prematuros na madrugada da última quinta-feira (28), na unidade de saúde do município de Jutaí. A menina morreu por volta de 11h do mesmo dia por falta de suporte neonatal.

Os médicos deram alta pra Francisca e o bebê do sexo masculino no final da tarde do último sábado, 30 de janeiro. Segundo a tia Rayssa, o bebê reagiu bem aos tratamentos e por isso o médico os liberou.

Com informações Agencia Brasil e Acrítica

Portal Gazeta Do Amazonas (Reprodução autorizada mediante citação do Portal Gazeta Do Amazonas )