Manaus (AM) com suas ruas e avenidas com nomes falsificados

27 de janeiro de 2016 11:17

O carteiro com os documentos e correspondências na mão, não sabia que a rua batizada de São Vicente, no bairro também com o nome beatificado de São Lázaro, Zona Sul da capital amazonense, mudou para rua Maria Andrade um nome tão desconhecidos pelos moradores quanto suspeito foi a forma da modificação e os critérios adotados.

Estas mudanças, que acontecem em todos os bairros e sem explicações levou o vereador Plinio Valério a acrescentar uma alteração no texto do Projeto da Loman, no Artigo 232, determinando condições para qualquer modificação, sem a participação direta dos moradores de cada comunidade ou rua e mais do que isso, com a manifestação dos residentes até mesmo a restauração do nome antigo.

“Nada pode cair na cabeça do povo de cima para baixo, além da água da chuva e as bênçãos de Deus. Uma comunidade tem o direito de preservar tradições, cultura e a história de sua vida e nada melhor do que manter as origens que criou o nome da rua, resultado de uma crença, de uma luta e de inspiração de grandes homens e mulheres da vida pública” pautou o parlamentar Plinio Valério.

Pela Emenda à Loman fica determinado que “a requerimento da maioria absoluta dos moradores para as ruas e de dois terços dos moradores para bairros, poderão ser submetidos a referendo, com vistas a restauração dos antigos nomes, as leis que modificarem a denominação dos bairros, vias públicas, praças e demais logradouros de uso comum do povo, até um ano após a vigência da lei”.

O vereador Plinio Valério entende que é preciso deixar o povo decidir o próprio destino no que se refere às raízes culturais que se formam pelo histórico de implantação do bairro, da abertura de ruas, da construção da casa e de ações que permeiam a sequecia natural da vida destes moradores.

“A história não pode ser rompida por decreto. O povo é quem escreve, página por página, o livro de sua vida” afirmou o vereador Plinio Valério.