MPF considera “muito suspeito” valor recebido pela empresa de filho de Lula

27 de outubro de 2015 11:29

mi_3553811384522835O Ministério Público Federal alega ser “muito suspeito” a LFT Marketing Esportivo, que pertence a Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, receber valores “expressivos” de uma firma que mantém “contatos” com o governo. Relatório da investigação diz que, apesar dos dividendos milionários, a empresa não tem funcionários, tampouco pagou salários ou recolheu contribuição previdenciária nos últimos anos, indicativo de que seria de fachada.

Os argumentos do MPF e da Receita Federal embasaram busca e apreensão na sede da LFT na manhã de ontem. Como revelou o jornal O Estado de S. Paulo no início do mês, a empresa recebeu dinheiro da Marcondes & Mautoni, consultoria investigada por atuar na “compra” de medidas provisórias nos governos Lula e Dilma. Luís Cláudio confirma que os pagamentos alcançam R$ 2,4 milhões e foram “declarados”.

Os documentos da Operação Zelotes mostram que a Marcondes & Mautoni recebeu R$ 16,8 milhões da MMC Automotores, que fabrica veículos Mitsubishi, e da CAOA, que monta modelos Hyundai, para viabilizar a MP 627, de 2013. Em 2014, 97% do faturamento da Marcondes veio desses negócios. Naquele mesmo ano, o escritório repassou, além de recursos para seus sócios, R$ 1,5 milhão para a LFT. São esses os únicos beneficiários.

“Tem razão o MPF ao afirmar ser ‘muito suspeito uma empresa de marketing esportivo receber valor tão expressivo de uma empresa especializada em manter contatos com a administração pública (Marcondes & Mautoni)’, o que justifica a execução de busca e apreensão na sede da empresa”, escreveu a juíza Célia Regina Ody Bernardes, da 10ª Vara Federal em Brasília, em sua decisão.

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